Diante de mais de sete mil torcedores na Ressacada, o Avaí decepcionou no sábado ao empatar sem gols com o Paysandu. Apesar da superioridade territorial e das chances criadas, o time não conseguiu transformar a pressão em gols. Foi a segunda partida em que o ataque do Leão da Ilha passou em branco nesta Série B, um dado alarmante para a equipe que, até aqui, ostenta o melhor ataque da competição.
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O desempenho ofensivo foi abaixo da média. Faltou organização e efetividade nas finalizações, mesmo com a movimentação de João Vitor, a tentativa de criatividade com JP e a entrada de Alef Manga, que ainda não justificou a condição de titular absoluto. A equipe de Jair Ventura até buscou soluções no banco, mas novamente ficou devendo repertório para furar defesas bem postadas como a do Papão.
O sistema defensivo segue sólido, mas isso por si só não basta para manter o Avaí no G-4 em uma Série B tão nivelada. Com seis clubes colados na pontuação, o quarto lugar atual é frágil e pode evaporar rapidamente se o time continuar desperdiçando pontos em casa. No sábado, a frustração da torcida refletiu o sentimento de que a equipe perdeu uma chance clara de consolidar posição na tabela.
As escolhas de Jair Ventura têm sido questionadas, principalmente pela demora em mexer no time e pela falta de alternativas ofensivas mais ousadas. O Avaí parece travado no terço final do campo, e a insistência em jogadas laterais previsíveis facilita a vida dos adversários. É hora de rever conceitos e ajustar a estratégia para o próximo desafio fora de casa contra o Athletic.
Se quiser brigar seriamente pelo acesso, o Avaí precisa voltar a ser cirúrgico no ataque e mais assertivo nas decisões técnicas. A consistência defensiva não pode ser o único pilar de um time que quer retornar à elite do futebol brasileiro.
