
O vitiligo é uma condição autoimune que provoca a perda da pigmentação da pele, formando manchas brancas, conhecidas como máculas acrômicas. A condição afeta até 2% da população mundial e, no Brasil, está entre as 25 doenças de pele mais comuns, atingindo mais de um milhão de pessoas, de acordo com dados do Ministério da Saúde.
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A dermatologista e professora do Idomed (Instituto de Educação Médica), Dra. Fabíola Anders, esclarece que a doença pode surgir em qualquer idade e que seu desenvolvimento varia de pessoa para pessoa.
“O curso do vitiligo é incerto. Há pacientes que têm repigmentação espontânea ao longo do tempo e outros que permanecem com as manchas por muitos anos”, explica a especialista. Ainda não se conhece exatamente a causa da doença, mas há evidências de predisposição genética. “Sabemos que há uma suscetibilidade familiar, com ocorrência em até 20% dos casos.”
Embora o vitiligo não ofereça risco direto à saúde, ele pode afetar a autoestima, por conta do impacto estético. “É essencial reforçar que não é uma doença contagiosa e não causa nenhum dano físico. O incômodo, na maioria das vezes, é apenas estético”, aponta a dermatologista.
Quanto aos cuidados, o principal é a atenção à exposição solar. “As áreas com ausência de melanina são mais vulneráveis à queimadura solar. Por isso, orientamos o uso diário de protetor solar nessas regiões. Apesar disso, a exposição solar controlada é indicada, pois faz parte do tratamento, como na fototerapia”, explica.
Fora isso, a pele do paciente com vitiligo é absolutamente normal. O acompanhamento com um dermatologista é importante para avaliar a evolução do quadro e orientar o tratamento, que pode incluir fototerapia, medicamentos tópicos e, em alguns casos, terapias imunomoduladoras.
Dra. Fabíola reforça a importância de acolhimento e esclarecimento: “Informação é a melhor aliada no enfrentamento do vitiligo. Saber que não há riscos à saúde e que existem opções de tratamento ajuda o paciente a lidar melhor com a condição.”