
Representantes dos trabalhadores do transporte coletivo de Florianópolis justificaram a greve-relâmpago realizada nesta quinta-feira (12) com duras críticas às condições de trabalho e à proposta apresentada pelas empresas durante as negociações salariais.
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Segundo Dionísio Sidônio, secretário de Comunicação do sindicato da categoria, os cobradores atualmente recebem R$ 1.800 de salário e R$ 1.200 em tíquete-alimentação — valor condicionado ao acúmulo de funções, já que muitos também atuam como motoristas.
A categoria reivindica 3% de aumento real nos salários, mas a proposta patronal ficou em apenas 0,62%. Para o vale-alimentação, os trabalhadores pedem R$ 1.300, enquanto as empresas ofereceram R$ 1.258. Já para aqueles que exercem a função dupla de “dirigir e cobrar”, a solicitação é de R$ 1.300, mas a proposta feita foi de apenas R$ 780.
Além das questões salariais, os profissionais denunciam condições de trabalho consideradas abusivas. De acordo com o sindicato, há casos de motoristas e cobradores que permanecem até cinco horas seguidas sentados, sem pausas adequadas, nem acesso a banheiros ou água potável. A situação, segundo eles, já foi relatada às empresas e também à prefeitura de Florianópolis, mas sem qualquer retorno efetivo.
“A gente quer nossos direitos garantidos”, afirmou um dos trabalhadores que participou da mobilização.
A paralisação surpreendeu usuários do transporte coletivo logo nas primeiras horas do dia, com ônibus retidos nas garagens. O Consórcio Fênix informou que a operação começou a ser retomada gradualmente e que todos os veículos devem estar em circulação até as 10h30 desta manhã.
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