Supremo aciona Procuradoria Geral sobre defesa de Bolsonaro em descumprimento de cautelares

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Foto: Alan Santos/Reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), abriu nesta segunda-feira (25) o prazo para que a PGR (Procuradoria-Geral da República) se manifeste sobre os esclarecimentos apresentados pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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A partir da notificação, o procurador-geral Paulo Gonet terá 48 horas para dar seu posicionamento. O órgão poderá apenas tomar ciência ou solicitar providências adicionais a Moraes.

Contexto

A decisão ocorre após a Polícia Federal entregar relatório que indiciou Bolsonaro e o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pelos crimes de:

  • coação no curso do processo,

  • tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Segundo a PF, Bolsonaro descumpriu medidas cautelares impostas pelo STF e teria cogitado fuga para a Argentina, com base em uma minuta de pedido de asilo encontrada em seu celular. O documento não tinha data nem assinatura.

Defesa

Na última sexta (22), os advogados do ex-presidente entregaram um documento de 12 páginas, em que:

  • negam descumprimentos das cautelares,

  • afirmam que Bolsonaro nunca cogitou fuga,

  • acusam a PF de agir com viés político,

  • pedem a reconsideração da decisão que determinou a prisão domiciliar.

Segundo a defesa, Bolsonaro tem respeitado todas as restrições:

  • uso de tornozeleira eletrônica,

  • proibição de viajar ao exterior,

  • participação em audiências,

  • restrição de contatos, incluindo com o filho Eduardo.

Próximos passos

Depois da manifestação da PGR, caberá a Moraes decidir se mantém a prisão domiciliar de Bolsonaro ou se altera as condições. O julgamento do caso central, a ação penal que apura a suposta tentativa de golpe de Estado, está marcado para 2 de setembro no STF.




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