
Os servidores de Florianópolis entraram em greve por tempo indeterminado contra projeto de reforma da Previdência. A decisão foi tomada na quarta-feira (12), no mesmo dia em que o projeto de Reforma da Previdência dos servidores foi enviado à Câmara de Vereadores.
A Reforma tem como objetivo reduzir a projeção de déficit previdenciário nos próximos anos, que é de R$ 8 bilhões caso o ritmo seja mantido. Com a Reforma, a principal alteração será no tempo de contribuição do servidor.
Para os homens, a idade se mantém em 65 anos, mas a contribuição aumenta de 10 para 25 anos. No caso das mulheres, a idade sobe de 60 para 62 anos e o tempo de contribuição mínimo também vai de 10 para 25 anos.
Segundo o Sintrasem, Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis, a reforma da Previdência é parte do plano de destruição das aposentadorias. O sindicato ainda alega que o projeto aumenta o tempo de serviço e de contribuição, destrói a aposentadoria especial e impõe taxas a servidores aposentados.
O prefeito Topázio Neto falará sobre o movimento de greve nesta quinta-feira (13), às 10h no programa Ligado na Cidade.
No início da noite desta quarta-feira, a CDL, Câmara de Dirigentes Lojistas emitiu nota de repúdio sobre o início da paralisação: “Com o anúncio da greve, busca-se, por vias transversas, interditar o debate democrático junto ao Poder Legislativo, o que é uma flagrante incoerência visto que os que hoje esperneiam são justamente os que, não muito tempo atrás, empunhavam a bandeira da “defesa da democracia” em face daquilo que não concordavam”.