
Os servidores públicos municipais de São José, na Grande Florianópolis, deflagraram greve geral nesta terça-feira (10). A categoria, insatisfeita, rejeitou a proposta de reajuste e melhorias enviada pela gestão do prefeito Orvino Coelho de Ávila (PSD). A decisão de iniciar a paralisação foi tomada na última quarta-feira (4), durante uma assembleia do Sintram/SJ (Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de São José), que reuniu mais de 1.500 servidores.
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O sindicato anunciou que a proposta da prefeitura não apresentou “avanço significativo” e deixou a maior parte das reivindicações da pauta de fora. O Sintram/SJ ressaltou a falta de profissionais nas áreas de educação, saúde, assistência social e segurança, além da carência de material e estrutura. A entidade afirmou que a sobrecarga de trabalho, sem a devida valorização salarial, afeta diretamente os servidores e impacta a qualidade do atendimento à população de São José.

A greve é por tempo indeterminado e deve continuar até que a prefeitura apresente uma proposta que contemple as demandas da categoria. A primeira assembleia do movimento ocorre na manhã desta terça-feira no bolsão da Beira-Mar de São José, e o sindicato espera que novas negociações sejam realizadas. “A continuidade do movimento grevista depende única e exclusivamente do prefeito Orvino”, reforçou o Sintram/SJ.
O que diz a Prefeitura de São José

Em nota, a Prefeitura de São José confirmou estar ciente da greve geral e informou que ainda está avaliando os serviços afetados na cidade. A gestão municipal destacou que “os servidores municipais de São José tiveram salário e vale-alimentação reajustados com base no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), conforme a data-base”. No entanto, reconheceu que “as demais propostas do município não foram aceitas pela categoria” e afirmou que “o município atua para manter os serviços essenciais à população”.
Principais reivindicações dos servidores em greve:
- Novos concursos públicos, chamamento imediato dos concursos vigentes e fim das terceirizações e organizações sociais.
- Criação do cargo efetivo de Professor de Educação Especial e Inclusiva, com concurso público e chamada imediata dos aprovados.
- Piso de vencimento das carreiras conforme grupos ocupacionais.
- Reposição salarial e aumento real.
- Revisão salarial para Auxiliar e Técnico em Enfermagem.
- Garantia de liberação remunerada para os oito dirigentes do sindicato.
- Pagamento de Dedicação Exclusiva de 40%.
- Jornada de 30 horas semanais sem redução salarial.
- Pagamento de Responsabilidade Técnica para os servidores que ainda não a recebem.
- Vale-Transporte gratuito e/ou auxílio-transporte para todos os servidores.
- Revogação do desconto de 14% nas aposentadorias dos servidores.
- Eleições Diretas para Diretores e Coordenadores.
- Melhoria nas condições de trabalho.