
Santa Catarina é o estado brasileiro com o menor índice de insegurança alimentar grave, conforme dados divulgados neste mês pelo Indicador de Risco de Insegurança Alimentar Municipal, elaborado a partir de informações do CadÚnico. Em 2024, apenas 3,5% das famílias catarinenses inscritas no sistema federal estavam em situação de risco grave, o equivalente a 10.252 famílias entre as 295.459 cadastradas no Estado.
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Florianópolis e Joinville
Na capital, Florianópolis, o índice foi um pouco mais alto: 6,6% das 21.857 famílias do CadÚnico enfrentam insegurança alimentar grave, cerca de 1.440 famílias. Já em Joinville, maior cidade do estado, o índice foi de 4,9%, afetando 793 famílias.
Sul lidera ranking positivo
A região Sul como um todo apresentou os melhores resultados do país. Veja os menores índices de insegurança alimentar grave:
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Santa Catarina – 3,5% – 10.252 famílias
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Rio Grande do Sul – 3,9% – 28.245 famílias
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Paraná – 4,8% – 41.972 famílias
Em contraste, estados do Norte concentram os maiores índices:
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Amapá – 27% – 30.556 famílias
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Roraima – 24,3% – 18.027 famílias
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Pará – 24% – 267.397 famílias
Políticas públicas e bons indicadores
A coordenadora de Segurança Alimentar e Nutricional de SC, Juliana Pires, atribui os bons resultados à atuação integrada entre governo e sociedade civil.
“Temos bons índices de emprego, agricultura diversificada e projetos nessa área”, aponta.
Ela cita ainda o investimento na merenda escolar e a execução de R$ 10 milhões em recursos do Programa de Aquisição de Alimentos em apenas cinco meses.
As ações são lideradas pela Coordenadoria de Segurança Alimentar e Nutricional, vinculada à Secretaria de Estado da Assistência Social, Mulher e Família, que também atua em territórios vulneráveis, comunidades indígenas, quilombolas e demais povos tradicionais.
Brasil fora do Mapa da Fome
A divulgação ocorre na mesma semana em que a ONU anunciou que o Brasil saiu oficialmente do Mapa da Fome, com menos de 2,5% da população em risco de subnutrição. O país já havia deixado o mapa em 2014, mas voltou à lista em 2021, após um agravamento da insegurança alimentar. A nova exclusão marca um avanço nos indicadores nacionais.