
Santa Catarina manteve, em 2024, a segunda menor taxa de analfabetismo do Brasil entre pessoas com 15 anos ou mais: apenas 1,9%, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – Educação, divulgada na última sexta-feira (13) pelo IBGE. O índice é inferior à média nacional, que ficou em 5,3%, e só foi superado pelo Distrito Federal, com 1,8%.
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A taxa catarinense caiu 0,1 ponto percentual em relação a 2023 (2%) e vem recuando desde o início da série histórica, quando era de 2,6%. Entre os idosos (60 anos ou mais), o Estado registrou a terceira menor taxa do país: 6,4%.
Diferenças por sexo, raça e faixa etária
O analfabetismo em Santa Catarina cresce conforme a idade:
- 15 anos ou mais: 1,9%
- 18 anos ou mais: 2,0%
- 25 anos ou mais: 2,3%
- 40 anos ou mais: 3,5%
- 60 anos ou mais: 6,4%
Em 2024, as mulheres tiveram uma taxa ligeiramente maior que a dos homens: 2% contra 1,9%. Porém, o índice caiu entre elas e subiu entre os homens, em relação a 2023.
A desigualdade racial também persiste: 2,8% das pessoas pretas ou pardas são analfabetas, frente a 1,7% das pessoas brancas. Ainda assim, houve redução entre a população preta ou parda (antes era 3%).
Nível superior cresce, mas desigualdades persistem
A proporção de catarinenses com 25 anos ou mais com ensino superior completo subiu de 21% em 2023 para 22,5% em 2024 — são 1,13 milhão de pessoas, 95 mil a mais em um ano.
As mulheres representam 24,5% dos diplomados, enquanto entre os homens o índice é menor. Por outro lado, 28% das mulheres ainda não completaram a educação básica, contra um percentual menor entre os homens.
A desigualdade racial também se reflete no acesso ao ensino superior: enquanto 25,2% dos brancos concluíram essa etapa, apenas 12,9% dos pretos ou pardos têm diploma universitário — abaixo da média nacional, que é de 13,7%.
Educação básica e escolarização infantil avançam
O Estado também bateu recorde na proporção de adultos que completaram a educação básica obrigatória. Em 2024, 57,6% da população com 25 anos ou mais havia concluído essa etapa — alta de 2,8 pontos percentuais em relação a 2023.
Na educação infantil, Santa Catarina registrou a segunda maior taxa de escolarização do país entre crianças de 0 a 3 anos: 52,5%. Apenas o estado e São Paulo atingiram a meta de 50% estabelecida pelo PNE (Plano Nacional de Educação). No entanto, entre crianças pretas ou pardas, a taxa caiu para 47,3%, abaixo da meta.
Jovens que trabalham e estudam: SC lidera
Santa Catarina também se destacou entre os jovens de 15 a 29 anos. O Estado tem:
- A maior proporção de jovens ocupados e estudando: 21,4%, junto com o Rio Grande do Sul. A média nacional é de 16,4%;
- A menor taxa de jovens não ocupados e fora da escola: 10,8% (181 mil pessoas de um total de 1,67 milhão), contra 18,5% no Brasil;
- O maior percentual de jovens ocupados que não frequentam a escola: 49,9%, dez pontos percentuais acima da média nacional (39,9%).