Santa Catarina registra mais de 100 mortes por gripe em 2025 e deve superar o total de óbitos de 2024

Santa Catarina registra mais de 100 mortes por gripe em 2025 e deve superar o total de óbitos de 2024
Foto: Reprodução/Internet

Santa Catarina já contabiliza 113 mortes por gripe entre 1º de janeiro e a última sexta-feira (6), segundo dados do painel da SES (Secretaria de Estado da Saúde). O número, que representa quase uma morte por dia, já se aproxima dos 129 óbitos registrados em todo o ano de 2024, acendendo um alerta nas autoridades de saúde.

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A faixa etária mais atingida é a de 60 a 69 anos, com 31 vítimas. Na sequência, estão os idosos entre 70 e 79 anos, com 27 mortes, e aqueles com mais de 80 anos, com 25 registros.

Florianópolis lidera o ranking de municípios com mais mortes, com 18 registros, seguida por Chapecó (13), Lages (10), Joinville (9) e Tubarão (4).

Segundo o médico infectologista Fábio Gaudenzi, da Dive/SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina), o alto número de casos em um curto período tem pressionado o sistema de saúde. A taxa de ocupação dos leitos de UTI para adultos no estado atingiu 96%, gerando preocupação com a capacidade de resposta das unidades hospitalares.

Para conter o avanço da doença, municípios vêm adotando estratégias como a ampliação de horários nos postos e a antecipação da vacinação para toda a população, mesmo antes da liberação oficial do governo federal.

Apesar disso, a cobertura vacinal entre os grupos prioritários segue abaixo do esperado: apenas 41% de gestantes, crianças e idosos foram imunizados nos dois primeiros meses de campanha — número superior à média nacional (35%), mas distante da meta de 90% estabelecida pelo Ministério da Saúde.

Crescimento nos últimos anos

Após um período de baixa, os casos voltaram a crescer de forma significativa nos últimos dois anos. Veja os números de óbitos por gripe em SC nos últimos anos:

  • 2020: 5 mortes
  • 2021: 16 mortes
  • 2022: 46 mortes
  • 2023: 47 mortes
  • 2024: 129 mortes
  • 2025 (até 6 de junho): 113 mortes

O vírus Influenza é o principal responsável pelos casos mais graves, segundo especialistas. O médico pneumologista Roger Pirath destaca os sintomas característicos da doença:

“A gente tem inúmeros vírus hoje, em torno de 20, que estão mais prevalentes. Mas o vírus da influenza tem uma característica de dar muita dor no corpo. O paciente tem dor no corpo e febre alta, acima de 38°”, comenta.




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