
Santa Catarina ampliou sua força de trabalho em mais de 360 mil pessoas entre 2020 e 2025, conforme levantamento da PNAD Contínua Trimestral do IBGE. O número de trabalhadores ativos passou de 3,89 milhões para 4,25 milhões, um crescimento de 9,2% no período. Apesar do acréscimo de mão de obra, a taxa de desemprego caiu de 5,7% para 3%, com redução no número de desocupados, que passou de 223 mil para 128 mil.
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O desempenho coloca o estado entre os destaques nacionais: em números absolutos, foi o segundo maior crescimento no país, atrás apenas de São Paulo. Em termos proporcionais, Santa Catarina aparece em quarto lugar, atrás de Roraima, Tocantins e Alagoas.
Avanço em setores estratégicos
O crescimento da força de trabalho se refletiu em diversos setores. Na indústria, o número de trabalhadores subiu de 852 mil para 950 mil. Já o comércio e reparação de veículos ampliou de 675 mil para 775 mil. O setor de transporte teve acréscimo de 75 mil vagas, construção civil aumentou em 42 mil e alojamento e alimentação somaram mais 36 mil trabalhadores.
Fatores que impulsionam o crescimento

De acordo com o governador Jorginho Mello, fatores como segurança pública, qualidade de vida e ambiente favorável ao empreendedorismo são determinantes para esse avanço.
“Santa Catarina tem apenas 1% do território nacional, mas concentra 5,5% dos empregos formais. Isso mostra a força do nosso estado” destacou o governador.
O secretário de Indústria, Comércio e Serviço, Silvio Dreveck, também atribui o desempenho à abertura de mais de 700 mil empresas nos últimos cinco anos, especialmente MEIs e microempresas.
“Com mais empregos e novos negócios, geramos renda, consumo e movimentamos toda a cadeia econômica” afirmou.
Estado atrai migrantes e lidera contratações de estrangeiros
A expansão do mercado catarinense também está ligada à chegada de migrantes de outras regiões do Brasil e de imigrantes estrangeiros. Santa Catarina foi o estado brasileiro que mais contratou estrangeiros com carteira assinada em 2024, com mais de 18 mil contratações. Os principais grupos são venezuelanos, haitianos e cubanos.
A migração interna também contribuiu para o crescimento, com destaque para trabalhadores oriundos do Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo e Pará. As regiões que mais receberam essa mão de obra foram a Grande Florianópolis, Vale do Itajaí, Norte e Oeste do estado.