Polícia Federal mira organização criminosa por adulteração e contrabando de pescados em SC

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Foto: PF/Divulgação

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (17) a Operação Miraculum Piscis, com o objetivo de desarticular uma suposta organização criminosa envolvida na comercialização irregular de pescados e na falsificação de selos de inspeção sanitária. A ação ocorre em oito cidades de Santa Catarina e em municípios de outros cinco estados brasileiros.

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Somente em Santa Catarina foram cumpridos 26 mandados de busca e apreensão, em empresas e residências nas cidades de Penha, Itajaí, Navegantes, Barra Velha, Balneário Piçarras, Itapema, Gaspar e São José. Outros 18 mandados foram executados em municípios do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Goiás e Bahia.

Investigação começou em Penha

A investigação teve início após uma fiscalização do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em uma empresa de Penha (SC), onde foram encontrados indícios de falsificação de selos do SIF (Serviço de Inspeção Federal). A partir dessa constatação, a PF identificou outras empresas que estariam utilizando os mesmos selos falsificados, além da emissão de notas fiscais forjadas para viabilizar a venda de produtos adulterados.

Peixes adulterados com água e espécies proibidas

Durante o avanço das investigações, a PF apurou que os produtos comercializados eram adulterados com adição de água, substituição de espécies de peixe, uso de espécies proibidas ou capturadas durante o período de defeso, além de comercialização sem autorização dos órgãos reguladores.

Os crimes investigados incluem: associação criminosa, falsificação de selo público, falsidade ideológica, uso de documento falso, adulteração de alimentos, crimes ambientais, crimes contra a ordem tributária e contrabando.

O nome da operação, Miraculum Piscis (Milagre dos Peixes, em latim), faz alusão à passagem bíblica da multiplicação dos peixes, em referência à suposta adulteração e aumento artificial da quantidade de produtos comercializados de forma ilegal.

A Polícia Federal ainda não divulgou o número de pessoas investigadas nem se houve prisões.




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