Piloto de balão que caiu em Praia Grande e vitimou 8 pessoas não era certificado, diz Anac

Piloto de balão que caiu em Praia Grande e vitimou 8 pessoas não era certificado, diz Anac
Foto: Reprodução

Elves de Bem Crescêncio, piloto do balão que caiu em Praia Grande, no Sul de Santa Catarina, no último sábado (21), não tem licença válida para realizar voos comerciais, segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

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O acidente resultou em oito mortes e 13 feridos. O sistema da agência reguladora mostra que Crescêncio tem apenas o Certificado Médico Aeronáutico com validade até 26 de julho de 2026.

Este documento representa uma avaliação de sua condição física e constitui parte do processo para obtenção da habilitação completa necessária para voos comerciais, segundo o jornal Folha de S. Paulo.

A agência também informou que “o balão acidentado no dia 21 de junho em Praia Grande (SC) não era certificado”.

Para obter a licença de PBL, são exigidos:

  • aprovação em exame teórico da Anac ou de instituição autorizada;
  • instrução prática com profissional habilitado, vinculado a entidade credenciada conforme o RBAC nº 183 ou a um CIAC certificado pela Anac;
  • cumprimento da experiência prática exigida pela seção 61.181 do regulamento;
  • aprovação em exame prático conforme a seção 61.183;
  • posse de Certificado Médico Aeronáutico de 2ª classe ou superior, válido;
  • quitação com a Justiça Eleitoral e, no caso de homens, com o serviço militar.

A Anac afirmou ainda que, atualmente, não há no Brasil nenhuma operação de balonismo certificada para fins comerciais. Voos de balão são permitidos apenas como prática desportiva, considerada de alto risco.

Só é permitido embarcar passageiros nesse tipo de atividade com o consentimento de que se trata de uma prática esportiva arriscada. O balão operado pela Sobrevoar Serviços Turísticos levava 21 pessoas. A empresa suspendeu as atividades por tempo indeterminado.

O piloto disse em depoimento que o fogo começou no piso do cesto do balão, causado por um maçarico reserva que estava no veículo. Ele disse ter cerca de três anos e meio de experiência e contar com mais de 700 horas de voo.




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