Pai acusa professor de assediar filho de 10 anos, após agressão repercutir na Capital

Pai acusa professor de assediar filho de 10 anos, após agressão repercutir na Capital
Foto: Reprodução

“Meu filho me ligou apavorado, com uma crise de choro, em pânico, dizendo que o professor tinha assediado ele”. Foi com essa afirmação que Manoel Abílio Pacífico, de 38 anos, justificou a agressão cometida contra um professor da Escola de Educação Básica Muquém, no bairro Rio Vermelho, em Florianópolis, na tarde de quarta-feira (25).

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O homem contou que, ao ouvir o relato do filho de 10 anos por telefone, partiu imediatamente em direção à escola e, ao encontrar o professor na rua, próximo ao colégio, iniciou uma discussão que terminou em violência física.

O educador, que preferiu não se identificar, sofreu ferimentos no rosto e na orelha e nega a acusação de assédio, alegando ser vítima de uma campanha de difamação. A Secretaria de Estado da Educação informou que acompanha o caso e que os fatos serão apurados.

Segundo o relato do professor à NDTV Record, ele foi abordado por um homem que o questionou sobre seu nome e a disciplina que lecionava. Após a confirmação, o suspeito o acusou de assediar a criança e iniciou as agressões físicas.

“Ele perguntou meu nome, minha disciplina, e eu confirmei. Ele disse que o sobrinho chegou em casa chorando, dizendo que eu teria cometido assédio contra o menino. Eu disse que era um absurdo, pedi que entrássemos na escola, e ele me deu o primeiro soco. Eu me virei para fugir, ele me acertou o segundo soco na orelha, e eu caí no chão”, afirmou.

Conforme a PMSC (Polícia Militar de Santa Catarina), o pai do estudante tem passagens policiais por ameaça, dano, perseguição e difamação. Logo após a agressão, o homem saiu do local e não foi encontrado pelos policiais.

Pai diz ter reagido após ligação do filho

Manoel relatou que a agressão foi motivada por uma ligação do filho, que teria ocorrido na manhã do mesmo dia.

“Meu filho me ligou em pânico, chorando, dizendo que o professor encostou nele com as partes íntimas. Eu sou pai, moro a poucos metros da escola e não ia deixar isso passar. Quando vi ele na rua, fui tirar satisfação. Os ânimos se alteraram, brigamos. Professor nenhum toca no meu filho”, afirmou o pescador.

Professor nega acusações e fala em perseguição

O professor, por sua vez, negou categoricamente as acusações e afirmou estar sendo alvo de uma trama que mistura perseguição pessoal e política.

“São mentiras. Tenho como testemunhas professoras que trabalham dentro da sala de aula comigo, mães que já me confiaram o cuidado de seus filhos, inúmeros outros colegas de trabalho que me conhecem há anos e sabem que eu jamais realizaria este absurdo. O que está sendo criado é um conjunto de mentiras a meu respeito”, afirma.

Ele também demonstrou preocupação com a repercussão do caso:

“Tenho medo. Mesmo sendo falsas, as acusações geram ódio em quem não conhece os fatos. Estou sendo perseguido por questões ideológicas.”

Secretaria de Educação vai investigar o caso

Em nota oficial, a SED (Secretaria de Estado da Educação) informou que está acompanhando o caso e que a agressão, bem como as denúncias que a motivaram, serão apuradas com rigor.

A pasta afirmou que já tomou medidas iniciais e garantiu que todas as providências legais e administrativas cabíveis serão adotadas, respeitando o devido processo e os direitos de todas as partes envolvidas.




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