Nova crise diplomática entre Brasil e EUA pode explodir nos próximos 90 dias, alertam senadores

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Foto: Coletiva/Reprodução

Durante coletiva realizada nesta quarta-feira (30), senadores brasileiros que integram missão oficial aos Estados Unidos alertaram para o risco iminente de uma nova crise diplomática nas relações entre os dois países. O principal motivo de preocupação é um projeto de lei em tramitação no Congresso americano que prevê sanções automáticas a países que mantêm relações comerciais com a Rússia, o que pode atingir diretamente o Brasil.

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De acordo com os parlamentares, a proposta tem apoio bipartidário e pode ser aprovada nos próximos 90 dias.

“Nós também estamos levando aqui um recado ao Brasil: Há outra crise pior que pode atingir o Brasil nos próximos 90 dias. Eles irão criar sanções automáticas para todos os países que negociam com a Rússia”, disse o senador Carlos Viana (Podemos-MG).

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Foto: Ramon Bitencourt/Reprodução

“Será uma lei americana, não será uma decisão, portanto do presidente dos Estados Unidos, será do Congresso americano”, acrescentou.

Além do projeto de sanções, durante a coletiva, os senadores relataram que alguns parlamentares americanos não compareceram às reuniões previamente agendadas com a comitiva brasileira. Segundo apuração de jornalistas presentes no evento, a ausência teria sido motivada por interferência direta do ex-presidente Donald Trump, o que teria dificultado o avanço do diálogo diplomático e contribuído para o aumento da tensão entre os países.

Tarifas e impactos imediatos

A comitiva também destacou que os efeitos das tarifas de até 50% impostas sobre produtos brasileiros já começaram a ser sentidos nos Estados Unidos. O preço da madeira, especialmente a exportada por Santa Catarina, subiu significativamente, afetando diretamente o setor da construção civil.

“O que está em jogo não é apenas o comércio, mas o posicionamento político do Brasil diante dos interesses estratégicos dos Estados Unidos”, pontuaram os parlamentares, ressaltando que o momento exige atuação firme da diplomacia brasileira.

Apesar dos entraves, os senadores avaliaram que a missão teve papel importante ao “azeitar a diplomacia parlamentar” e manter abertos os canais de diálogo com congressistas, representantes do governo americano e lideranças do setor produtivo.




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