
O Grupo Vall Companys, um dos principais conglomerados agroalimentares da Europa, confirmou um investimento de R$ 800 milhões para expandir sua atuação no Brasil com a instalação de uma nova unidade no município de Videira, no Meio-Oeste de Santa Catarina. A operação será viabilizada por meio de uma parceria com a empresa brasileira Master Agropecuária S.A., na qual o grupo espanhol adquiriu participação.
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O anúncio foi feito nesta quinta-feira (19), durante uma reunião em Barcelona com representantes do governo catarinense, incluindo a vice-governadora Marilisa Boehm e a secretária de Estado do Turismo, Catiane Seif. A comitiva também contou com a presença da consultora de atração de investimentos da InvestSC, Caroline Canale.
Segundo o governo estadual, o projeto prevê a geração de centenas de empregos diretos e indiretos, além de impulsionar a cadeia produtiva regional e ampliar as exportações para mercados da Ásia, Europa e América Latina.
A negociação para atrair o grupo ao estado vinha sendo conduzida há mais de um ano e foi encabeçada pelo governador Jorginho Mello, que celebrou a decisão mesmo à distância. “Estamos trabalhando junto à InvestSC para atrair mais empresas internacionais interessadas em investir em Santa Catarina”, afirmou.

Fundado em 1956, o Grupo Vall Companys é sediado na Espanha e atua de forma integrada na produção de suínos, aves e bovinos, com ramificações em rações, farinhas, nutrição animal e produtos farmacêuticos. O conglomerado reúne mais de 50 empresas, emprega cerca de 12 mil pessoas e exporta 30% de sua produção.
Segundo Tomás Blasco, diretor de expansão internacional do grupo, a escolha por Santa Catarina se deu após visitas técnicas e negociações com empresas brasileiras do setor. “Nos surpreendemos com a estrutura e a receptividade. Vimos no estado um ambiente muito favorável para nosso projeto de internacionalização na América Latina”, disse.
A InvestSC, agência responsável pela promoção de investimentos em Santa Catarina, informou que está avaliando, em parceria com a Secretaria da Fazenda, os possíveis incentivos fiscais e logísticos necessários para viabilizar a operação.
A entrada do grupo europeu deve reforçar a posição de Santa Catarina como polo nacional de produção e exportação de proteína animal. Para o governo estadual, a expectativa é que o investimento impulsione o desenvolvimento econômico regional e fortaleça a presença catarinense no mercado global de alimentos.