
A Anvisa proibiu a fabricação e venda do chamado “café fake” da marca Pingo Preto, registrada em Santa Catarina, após análises laboratoriais identificarem a presença de matérias estranhas e impurezas acima do permitido. O órgão classificou os produtos como feitos de “lixo da lavoura”. A medida também atinge as marcas Melissa, do Paraná, e Oficial, de São Paulo.
Clique aqui e receba as notícias do Tudo Aqui SC e da Jovem Pan News no seu WhatsApp
A resolução da Anvisa determina a proibição total da comercialização, distribuição, fabricação, propaganda e uso desses produtos, além do recolhimento de todos os lotes. Anteriormente, em 25 de março, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) já havia desclassificado esses produtos por considerá-los impróprios para o consumo.

De acordo com o Mapa, as análises detectaram matérias estranhas, como pedras, areia e sementes de plantas daninhas, além de impurezas como galhos, folhas e cascas, todas acima do limite legal de 1%. Também foi encontrada a toxina ocratoxina A, considerada perigosa para a saúde humana.
Além disso, os produtos apresentavam irregularidades na rotulagem, indicando conter “polpa de café” e “café torrado e moído”, quando na verdade eram compostos por ingredientes de qualidade inferior, como grãos crus e resíduos agrícolas. Segundo Hugo Caruso, diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal do Mapa, os produtos não continham café em sua composição e eram feitos de “lixo da lavoura”.