
Florianópolis fechou julho com inflação de 0,30%, o menor índice do ano na Capital catarinense. Apesar da desaceleração, o resultado ainda superou a média nacional de 0,26%, segundo o ICV (Índice de Custo de Vida) calculado pela Udesc (Universidade do Estado de Santa Catarina). Com o desempenho, a cidade deixou a liderança do ranking e passou para a quinta colocação entre as maiores altas do país, atrás de São Paulo (0,46%), Porto Alegre (0,41%), Curitiba (0,33%) e Recife (0,32%).
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O ICV é calculado mensalmente pelo Esag (Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas) da Udesc, com apoio da Fesag (Fundação Esag).
Embora o índice seja o menor registrado em 2025, ainda não é possível garantir se a queda se confirma como uma tendência. O coordenador do ICV da Udesc Esag, Hercílio Fernandes Neto, lembra que em breve novas pressões continuarão impactando o custo de vida local.
“Nos próximos meses devemos ter um aumento da tarifa de energia elétrica, com o vencimento do contrato da Celesc. Por isso, é provável que o alívio observado agora seja temporário”, observa Neto.
Em contraste ao que evidencia o ICV em julho em Florianópolis, algumas cidades apresentaram queda no nível geral de preços, como Campo Grande (-0,19%), Rio Branco (-0,15%) e Goiânia (-0,14%), evidenciando diferenças no comportamento da inflação pelo país.
Inflação – julho de 2025
- São Paulo (SP)
0,46 - Porto Alegre (RS)
0,41 - Curitiba (PR)
0,33 - Recife (PE)
0,32 - Florianópolis (SC)
0,30 - Aracaju (SE)
0,28 - Rio de Janeiro (RJ)
0,24 - Belo Horizonte (MG)
0,22 - Fortaleza (CE)
0,11 - Grande Vitória (ES)
0,1 - Salvador (BA)
0,02 - Brasília (DF)
0,01 - São Luís (MA)
-0,02 - Belém (PA)
-0,04 - Goiânia (GO)
-0,14 - Rio Branco (AC)
-0,15 - Campo Grande (MS)
-0,19
Tomate dispara 82,5% e puxa alta de alimentos
O tomate foi o vilão da inflação no período analisado, acumulando alta de 82,50% nos últimos 12 meses. O produto lidera a lista de maiores aumentos no grupo de alimentos, seguido pelo café em pó (+59,18%) e pelo café solúvel (+58,93%).
A escalada de preços não se restringiu aos hortifrutis. Entre as carnes, o filé mignon ficou 37,63% mais caro, enquanto a costela bovina subiu 34,48%. No setor de doces, chocolate em barra e bombons registraram aumento de 37,00%.
Mesmo fora da cozinha, o impacto também foi sentido: pedras para reparos na construção subiram 57,67%. Especialistas apontam que os reajustes estão ligados a fatores como clima adverso, alta nos custos de insumos e transporte, além de oscilações na demanda.
Frutas como morango (+43,77%) e mamão (+38,38%) também encareceram, pressionando ainda mais o orçamento doméstico.