
Um vilarejo de ruas de areia, natureza exuberante e ondas perfeitas: a combinação que fez da Guarda do Embaú, em Palhoça, a única Reserva Mundial de Surfe do Brasil. O título, concedido em 2016 pela ONG internacional Save The Waves Coalition, colocou o nome da comunidade de Palhoça no mapa global do surfe – mas o reconhecimento vai além das ondas.
Localizada a cerca de 40 km de Florianópolis, a Guarda do Embaú atrai surfistas, turistas e ambientalistas. O que poucos sabem é que, para conquistar o selo de Reserva Mundial, não basta ter boas ondas. É preciso provar que há um ecossistema em equilíbrio, cultura local forte e envolvimento comunitário com a preservação da costa.
A Guarda está situada entre o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro e o rio da Madre, que deságua no mar e forma um cenário único. Para chegar à praia, é preciso atravessar o rio – a nado, de caiaque ou com o auxílio de barquinhos conduzidos por moradores. A experiência já virou parte do charme do lugar.
Mais que surfe: patrimônio natural e cultural
Com pouco mais de mil moradores, a vila ainda preserva um estilo de vida simples, com influência açoriana e atividades tradicionais como a pesca artesanal. A arquitetura rústica e a gastronomia local reforçam a identidade de um lugar que, mesmo com o crescimento do turismo, tenta manter sua essência.
Reserva Mundial de Surfe: o que é isso, afinal?
A Save The Waves Coalition, com sede nos Estados Unidos, já concedeu o título de Reserva Mundial de Surfe para lugares como Malibu (EUA), Gold Coast (Austrália) e Ericeira (Portugal). A Guarda do Embaú é a nona no mundo a receber o reconhecimento.
O processo envolve avaliação técnica e comunitária. É necessário demonstrar que a região tem importância não só para o surfe, mas também para a biodiversidade, cultura e paisagem costeira. A candidatura da Guarda foi aprovada por unanimidade.