
Um novo capítulo se abre na história da Igreja Católica. Após dias de luto e expectativa mundial pela sucessão papal, o Vaticano foi tomado por aplausos, orações e emoção nesta quinta-feira (8), quando a fumaça branca subiu da Capela Sistina, confirmando: o novo Papa foi escolhido.
O sinal mais simbólico da tradição milenar — a fumaça branca — emergiu por volta das 18h10 (horário local), provocando uma explosão de emoção entre os religiosos que lotavam a Praça de São Pedro, muitos em lágrimas e em oração. Os sinos da Basílica soaram em uníssono, ecoando para o mundo: temos um novo Papa!
A morte do Papa Francisco, ocorrida no mês passado, comoveu milhões de fiéis em todo o mundo. Seu legado de humildade e proximidade com os mais vulneráveis marcou profundamente o século XXI. Agora, a Igreja volta seus olhos para o futuro, e o conclave de 133 cardeais finalmente apontou quem será o novo comandante espiritual de mais de 1,3 bilhão de católicos.
Em instantes, o cardeal protodiácono surgirá na sacada central da Basílica de São Pedro para anunciar com a emblemática frase “Habemus Papam” o nome do novo pontífice, que fará sua primeira bênção pública e revelará ao mundo seu rosto, sua voz e o nome que escolheu para conduzir a Igreja em tempos de fé e transformação.
Quem é o homem escolhido para herdar a missão de Francisco? Quais serão suas prioridades diante de um mundo dividido e de uma Igreja que clama por renovação?
A resposta será conhecida nas próximas horas — e com ela, começa uma nova era.
Entre os 133 religiosos que votarão para nomear o próximo líder da Igreja Católica, estão sete cardeais brasileiros.
Veja os nomes:
- Sérgio da Rocha, arcebispo de Salvador e arcebispo primaz (da arquidiocese mais antiga) do Brasil, 65 anos.
- Jaime Spengler, presidente da CNBB e arcebispo de Porto Alegre, 64 anos.
- Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, 75 anos.
- Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro, 74 anos.
- Paulo Cezar Costa, arcebispo de Brasília, 57 anos.
- João Braz de Aviz, arcebispo emérito de Brasília, 77 anos.
- Leonardo Ulrich Steiner, arcebispo de Manaus, 74 anos.
Dom Leonardo Ulrich Steiner, Dom João Braz de Aviz e Dom Jaime Spengler, são os catarinenses que fazem parte do Colégio dos Cardeais. Eles nasceram, respectivamente, em Forquilhinha, Gaspar e Mafra.
Dom Leonardo Ulrich Steiner tem 74 anos e está entre os favoritos no conclave, apontado para ser o novo Papa. Natural de Forquilhinha, foi considerado pelo Vaticano o primeiro cardeal da Amazônia.
Estudou Filosofia e Teologia no convento dos Franciscanos de Petrópolis e é bacharel em Filosofia e Pedagogia pela Faculdade Salesiana de Lorena. Também é doutor em Filosofia pela Pontifícia Universidade Antonianum, em Roma.
Foi ordenado sacerdote em janeiro de 1978, em Forquilhinha. Após isso, por causa da formação em Pedagogia, atuou em vários projetos de educação. Entre 1999 e 2003, foi secretário-geral do Pontifício Ateneu Antoniano, em Roma. Ao voltar ao Brasil, foi nomeado vigário da Paróquia do Senhor Bom Jesus, em Curitiba.
Em fevereiro de 2005, foi nomeado bispo pelo Papa João Paulo II e assumiu a Prelazia de São Félix do Araguaia (MT). Em 2011, foi eleito secretário-geral da CNBB e, no mesmo ano, nomeado bispo auxiliar da Arquidiocese de Brasília pelo Papa Bento XVI.
Em 2019, tornou-se arcebispo de Manaus e, três anos depois, foi criado cardeal pelo papa Francisco.