
Florianópolis avançou sete posições no Ranking do Saneamento 2025, divulgado pelo Instituto Trata Brasil em parceria com a GO Associados. A capital catarinense passou da 55ª para a 48ª colocação entre as 100 cidades mais populosas do Brasil. Apesar do avanço, o município ainda enfrenta desafios importantes, principalmente no tratamento de esgoto.
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Entre as capitais brasileiras, Florianópolis ocupa agora o 11º lugar. O ranking considera três dimensões: nível de atendimento, melhoria do atendimento e nível de eficiência. A cidade apresenta 98,46% da população com acesso à água tratada e 68,13% com acesso ao sistema de esgoto. No entanto, apenas 60,14% do esgoto gerado é tratado, número ainda inferior à média nacional das 100 cidades avaliadas, que é de 60,97%.
Um dos principais gargalos da capital está localizado no Sul da Ilha, onde a Estação de Tratamento de Esgoto do Rio Tavares segue com obras arrastadas há 18 anos, sem data para entrar em operação. A indefinição sobre o local adequado para descarte dos efluentes é um dos entraves.
Casan destaca avanços e metas
A Casan, responsável pelos serviços de saneamento na capital, comemorou o resultado e atribuiu o avanço aos investimentos realizados em parceria com a Prefeitura de Florianópolis e o Governo do Estado.
Em nota, a companhia afirmou que a cidade atingiu 68% de cobertura de esgoto em 2023, superando os 65% da avaliação anterior. A estimativa é que esse índice chegue a 74% até 2025.
“A evolução do saneamento é um trabalho contínuo e desafios persistem. Contudo, os resultados positivos comprovam que estamos avançando de forma consistente e no caminho certo”, diz o comunicado.
Atualmente, o investimento per capita em Florianópolis é de R$ 190,05, abaixo dos R$ 223,82 recomendados pelo Plansab (Plano Nacional de Saneamento Básico) para alcançar a universalização dos serviços.
Blumenau e Joinville apresentam queda no ranking

Enquanto Florianópolis avançou, Blumenau caiu três posições e aparece em 73º lugar, com 95% de cobertura de água, mas apenas 52,53% de atendimento em esgoto e 37,36% de esgoto tratado. O investimento per capita no município foi de R$ 139,07, o mais baixo entre os catarinenses avaliados. O serviço é prestado pela BRK Ambiental, que não respondeu aos questionamentos da reportagem.
Já Joinville, maior cidade do Estado, caiu uma posição e está em 75º lugar. Apesar de ter um investimento per capita de R$ 225,25, superior ao ideal, a cidade apresenta apenas 34,03% de cobertura de esgoto e 34,41% de tratamento do esgoto gerado. O serviço é prestado pela CAJ (Companhia Águas de Joinville), que também não se manifestou até o fechamento desta matéria.
Desafio estadual
A presidente executiva do Instituto Trata Brasil, Luana Pretto, reforça que os municípios catarinenses ainda têm um longo caminho a percorrer:
“São cidades que precisam continuar investindo para atingir, até 2033, as metas do marco legal do saneamento: 99% da população com acesso à água e 90% com acesso à coleta e tratamento de esgoto.”