A história de William Maria Braviano começa nas ladeiras do Morro da Nova Trento, no coração do Maciço do Morro da Cruz, em Florianópolis. Bombeiro militar, 39 anos, ele cresceu vendo a cidade lá de cima — e agora se prepara para desbravá-la por terra, mar e asfalto, no Ironman Brasil, maior prova de triatlo da América Latina. Neste domingo (1º), William vai encarar um dos maiores desafios que um atleta amador pode enfrentar: nadar 3,8 km, pedalar 180 km e correr uma maratona de 42,2 km. Tudo em sequência, no mesmo dia. A jornada até aqui, no entanto, foi ainda mais longa.
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“Sempre gostei de desafios que testassem meus limites físicos. Participar do Ironman sempre foi um sonho, mas que só se tornou possível depois de muita luta, organização financeira e, principalmente, com o apoio da minha família, amigos e até de pessoas que nem me conheciam”, conta ele.
Durante mais de um ano de preparação, William Braviano transformou sua rotina. Acordou cedo, treinou duro, ajustou sono, alimentação e aprendeu a respeitar o próprio corpo. Mas a maior mudança não foi no físico — foi na forma de ver o mundo ao seu redor.
“Esse processo todo me ensinou que a gente não chega a lugar nenhum sozinho. Aprendi a importância da rede que nos cerca, do companheirismo, do cuidado. Descobri que o que realmente importa são as pessoas que caminham com a gente: minha esposa, minha família, meus amigos. O Ironman me mostrou que isso é o verdadeiro combustível”, reflete.
Filho das comunidades do Maciço, William leva com ele uma história de superação, disciplina e amor. Um homem comum, com uma missão extraordinária. No domingo, não será apenas um atleta cruzando a linha de chegada. Será um símbolo do que é possível quando se tem coragem para sonhar — e gente para apoiar o sonho.
