
A dermatologia veterinária de pequenos animais tem se mostrado cada vez mais essencial no cuidado com a saúde de cães e gatos. A especialidade é voltada para o diagnóstico, tratamento e prevenção de doenças que afetam pele, unhas e orelhas, áreas que muitas vezes refletem o estado geral de saúde do animal.
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O atendimento com o dermatologista dermatólogo veterinário, profissional com pós-graduação na área, envolve uma análise detalhada do histórico clínico, anamnese completa, exame físico minucioso das lesões e a realização de exames como citologia, raspado de pele, tricograma e culturas. Em casos mais complexos, podem ser solicitadas biópsias de pele ou exames laboratoriais complementares.
Além das doenças típicas da pele, é comum que condições endócrinas, nutricionais, hepáticas e imunológicas também causem manifestações dermatológicas. Por isso, um diagnóstico preciso e precoce é indispensável para o sucesso do tratamento.
Sintomas que exigem atenção
Entre os sinais mais comuns que podem indicar doenças dermatológicas em pets estão:
- Coceira intensa;
- Queda excessiva de pelos e falhas na pelagem;
- Lesões, vermelhidão, crostas e descamações;
- Odor desagradável ou alteração na oleosidade da pele;
- Secreções e inflamações nas orelhas;
- Lesões ou alterações nas unhas;
- Mudanças na coloração da pele ou dos pelos.
A orientação de especialistas é clara: evite receitas caseiras e tratamentos milagrosos sem base científica, frequentemente divulgados na internet. O uso inadequado de produtos pode agravar o quadro e colocar a vida do animal em risco.
Otoendoscopia: exame essencial no tratamento de otites crônicas
Entre os procedimentos que auxiliam no diagnóstico e tratamento de otites crônicas está a otoendoscopia, também chamada de vídeo-otoscopia. O exame é realizado sob anestesia geral com o uso de um equipamento de fibra óptica com câmera, que permite visualizar o interior dos condutos auditivos com alta precisão.
Durante a otoendoscopia, o veterinário pode fazer lavagens, coletas de amostras, biópsias, miringotomia (incisão da membrana timpânica) e pequenos procedimentos minimamente invasivos. As imagens são capturadas em tempo real e ajudam a explicar o quadro clínico ao tutor de forma visual.
Antes de realizar o exame, é necessária uma consulta prévia com a Dra. Liana de Barros, que avaliará o caso e a necessidade de exames complementares.
Alopecia X: queda de pelos que exige atenção
Outro destaque na dermatologia veterinária é a Alopecia X, doença ainda pouco compreendida que afeta principalmente cães da raça Spitz Alemão (Lulu da Pomerânia) e outras raças nórdicas, como Husky Siberiano e Samoieda. A enfermidade se caracteriza pela interrupção do ciclo de crescimento dos pelos, levando à perda de pelagem sem sinais iniciais de coceira.
Com a progressão do quadro, o animal pode desenvolver infecções secundárias, hiperpigmentação da pele, coceira e descamação. O diagnóstico é feito por exclusão, ou seja, é necessário descartar outras doenças antes de confirmar a Alopecia X.
O tratamento é individualizado, podendo incluir medicações orais, tópicos estimulantes de crescimento dos pelos, implantes hormonais, banhos terapêuticos, microagulhamento, peeling de diamante, entre outros. A nutrição balanceada também é considerada fundamental, pois proteínas e vitaminas específicas estão diretamente ligadas à qualidade da pelagem.
A pele é o maior órgão do corpo dos pets e merece atenção especializada. As doenças dermatológicas representam grande parte dos atendimentos nas clínicas veterinárias e, se não tratadas corretamente, podem comprometer a saúde geral do animal. Por isso, é fundamental buscar profissionais registrados e especializados na área de dermatologia veterinária.