
Após um julgamento marcado por provas contundentes, quatro integrantes de uma facção catarinense foram condenados pela morte de Hiago Anthony Rosa Glufke, conhecido como “Grilo”. O crime, ocorrido em outubro de 2023, é considerado um dos mais bárbaros já registrados em São Francisco do Sul, no Litoral Norte de Santa Catarina.
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Crime e investigações
Hiago desapareceu no dia 14 de outubro de 2023, após sair para o “Baile do Tubarão”. Dias depois, a Polícia Militar recebeu um vídeo gravado pelos próprios criminosos, que mostrava a vítima sendo decapitada e esquartejada em uma área de mata no bairro Majorca.
Em 28 de outubro, dois braços foram encontrados em via pública, no bairro Sandra Regina, a cerca de 5 km do local do assassinato. A Polícia Científica confirmou a identidade por impressões digitais e tatuagens. A estratégia dos criminosos era confundir as buscas da polícia e da família.
O caso gerou comoção pela crueldade e pela frieza da ação criminosa.
Condenações
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João Paulo Almeida Sagaz de Camargo (“Mata Rindo”) – 21 anos e 4 meses de prisão por homicídio qualificado;
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Lucas Maciel de Carvalho (“Cruel”) – 23 anos de prisão por homicídio qualificado e organização criminosa;
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Israel Probsky Marcilliano (“Menor”) – 23 anos por homicídio, tráfico de drogas e porte ilegal de armas;
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Diogo Henrique Garcia de Oliveira (“Obongo” ou “Menor Tralha”) – absolvido do homicídio, mas condenado a 4 anos e 6 meses por integrar organização criminosa armada.
As penas serão cumpridas inicialmente em regime fechado.
Atuação da facção
Segundo as investigações, os condenados pertenciam ao chamado “Bonde do Rigor”, célula disciplinar da facção responsável por execuções de rivais, punições internas e cobrança de dívidas. Lucas Maciel exercia o cargo de “Disciplina Geral” do grupo criminoso em São Francisco do Sul, com poder de comando sobre execuções.
Israel, mesmo sendo menor de idade à época, já ostentava armas nas redes sociais e era apontado como responsável pela disciplina do bairro Majorca, onde o crime ocorreu.
Impacto local
A confirmação do laudo papiloscópico foi decisiva para sustentar as acusações, reforçando a gravidade do caso e a prática de ocultação de cadáver. A condenação foi considerada uma vitória pelas forças de segurança, mas também expõe a influência da facção criminosa na região.
O caso de Hiago revelou a violência extrema e a estrutura organizada do grupo criminoso, deixando um alerta sobre o avanço das facções em Santa Catarina.