Dom Leonardo Steiner, natural de Forquilhinha, no Sul de Santa Catarina, fará parte do conclave, processo de eleição de um novo pontífice da igreja católica. Atualmente, ele é arcebispo de Manaus, no Amazonas. Com 74 anos, além de votar, o cardeal pode ser um dos candidatos à sucessão do Papa Francisco.
Em entrevista coletiva cedida nesta segunda-feira (21), na arquidiocese de Manaus, ao ser questionado sobre a possibilidade de ser o novo santo padre, ele descartou a hipótese.
“Isso não dá para responder, porque não sou eu não”, respondeu o cardeal em tom bem-humorado.
Mas o catarinense confirmou que deve fazer parte do conclave, que deve ser realizado nos próximos 20 dias. Antes disso, deve ser realizada uma assembleia-geral de bispos brasileiros.
“Eu devo ser convocado para participar da eleição, uma vez que sou cardeal eletivo. Certamente também receberemos o convite para participar das cerimônias do sepultamento”, afirmou Steiner.
Sobre os boatos dos “favoritos” a suceder o cargo de Papa, ele ainda reforçou que essa decisão tende a ser imprevisível, como foi em outras oportunidades. Dom Leonardo foi nomeado cardeal e arcebispo de Manaus pelo santo padre argentino.
“Cada vez que nos encontrávamos ele me perguntava “e a nossa Amazônia, como vai?”. Ele sempre se demonstrava muito preocupado”, completou.
A caminhada de Dom Leonardo Steiner no sacerdócio
Dom Leonardo Ulrich Steiner nasceu em 6 de novembro de 1950 em Forquilhinha, uma cidade de 31.4 mil habitantes, no Sul de Santa Catarina. Ele foi ordenado sacerdote em 1978.
Em 2020, Steiner tomou posse como AM (Arcebispo de Manaus) e foi o primeiro cardeal da Amazônia brasileira. Ele também atuou como bispo auxiliar de Brasília e foi duas vezes secretário-geral da CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil).
O cardeal estudou teologia nos Franciscanos de Petrópolis e é bacharel em filosofia e pedagogia pela Faculdade Salesiana de Lorena. Em Roma, na Pontifícia Universidade Antonianum, obteve licenciatura e doutorado em filosofia.
