
A prática de lavagem de carros nas dependências do campus Trindade da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), em Florianópolis, ainda é uma realidade, mesmo após recomendação do MPF (Ministério Público Federal) para que seja suspensa em áreas próximas a córregos e outras regiões ambientalmente protegidas.
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Imagens mostram uma placa indicando um ponto de lavação de veículos próximo a um córrego que corta a universidade, contrariando as orientações do MPF, que vetam esse tipo de atividade em APPs (Áreas de Preservação Permanente).

Versão da Universidade
Em nota, a UFSC explicou que enfrenta dificuldades para controlar a atividade devido à limitação de pessoal na área de segurança e à extensão do campus, que está localizado em uma região com intenso comércio ao redor. A universidade afirmou que a lavagem foi interrompida nas áreas mais sensíveis, mas reconhece que há registros pontuais da atividade em outros locais.
A instituição também confirmou que a água utilizada na lavagem de carros é custeada pela própria universidade, o que gera questionamentos sobre o uso dos recursos públicos.

A UFSC ressaltou que está acompanhando a situação por meio da Secretaria de Segurança Institucional, da Coordenadoria de Gestão Ambiental, da Secretaria de Aperfeiçoamento Institucional e do Gabinete da Reitoria, e busca soluções que conciliem a preservação ambiental, a segurança do campus e a integração social dos lavadores de carros, muitos dos quais dependem dessa atividade para seu sustento.
Para isso, a Proex (Pró-Reitoria de Extensão) planeja oferecer capacitação e formação para esses trabalhadores, com o objetivo de criar novas oportunidades de geração de renda e inclusão no mercado de trabalho.
A universidade afirma que monitora o cenário de forma estruturada, mas reconhece o desafio de equilibrar a proteção ambiental com a realidade socioeconômica dessas pessoas dentro do campus.