
Ainda abalada pela tragédia que vitimou oito pessoas em um acidente de balão no último sábado (21), a cidade de Praia Grande, no Extremo Sul de Santa Catarina, enfrenta agora um segundo desafio: o impacto direto no setor de balonismo, principal motor do turismo local.
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Desde o acidente, as empresas da região registram um alto índice de cancelamentos nas reservas de voos. Segundo a Associação de Pilotos de Balão de Praia Grande, entre 60% e 70% dos passeios agendados podem ser desmarcados — uma queda brusca para um município que se consolidou como destino nacional do balonismo.
Com o encerramento do luto oficial previsto para esta quinta-feira (26), os voos poderão ser retomados. No entanto, como as decolagens ocorrem sempre nas primeiras horas da manhã, a expectativa é de que a retomada efetiva só aconteça na sexta-feira (27).
A associação conta com mais de 40 pilotos, entre eles, o presidente, Murilo Pereira Gonçalves. Ele afirma que o retorno da atividade foi discutido em assembleia ainda na quarta-feira (25).
“Algumas empresas já divulgaram que sim, que têm agendamento. Porém, vamos fazer uma nova assembleia para discutir sobre o retorno da atividade, se realmente será saudável a gente já retornar ou se devemos aguardar mais um tempo. Já estamos levantando os números, mas os cancelamentos giram entre 60% a 70%”, revela.
O balonismo é a principal atração turística de Praia Grande, movimentando a economia local com voos panorâmicos sobre os cânions e áreas naturais da região. A tragédia, no entanto, não só paralisou temporariamente os passeios, como trouxe um clima de insegurança entre turistas e operadores.
Agora, a cidade busca equilíbrio entre o respeito ao luto e a necessidade de reconstruir a confiança em uma atividade que é símbolo do município.