
Uma vistoria realizada pelo MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) no prédio da antiga rodoviária de Florianópolis, nesta quarta-feira (30), confirmou o que moradores, comerciantes e autoridades já denunciavam há meses: o local está em estado degradante, insalubre e representa risco à segurança de quem circula na região central da cidade.
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Risco estrutural e insegurança

Localizado na esquina das avenidas Mauro Ramos e Hercílio Luz, o prédio abandonado é vizinho de residências, escolas, uma maternidade e comércios. Desde que os últimos permissionários foram retirados, o imóvel passou a ser invadido, inclusive por foragidos da Justiça, e se transformou em ponto de consumo de drogas e abrigo para criminosos.
Durante a inspeção, agentes da Defesa Civil relataram perigo iminente para quem frequenta ou transita nas proximidades.
“Pode criar problemas, um acidente, ferimentos e até a morte de pessoas que andam no entorno”, alertou o agente Juliano Pereira.
A vice-prefeita Maryanne Mattos acrescentou que até a limpeza do espaço se tornou inviável por falta de segurança aos trabalhadores.
Prefeitura quer demolir e vender imóvel

O prefeito Topázio Neto afirmou que a única solução viável é a demolição total da estrutura, seguida da venda do terreno.
“É um prédio sem condições, estruturalmente abalado. As estruturas internas e do telhado não oferecem a menor segurança”, declarou.
Ele destacou ainda que o espaço está em área nobre e jamais gerou receita ao município.
“Está na hora de recompor e retomar essa área para o bem de todos”, disse.
Ministério Público aguarda laudo técnico
O promotor Fabrício José Cavalcanti, da 30ª Promotoria de Justiça da Capital, afirmou que o prédio já foi alvo de ações anteriores do MPSC e que o laudo técnico do CAT (Centro de Apoio Técnico) deve ser concluído em até 20 dias.
“Se o laudo apontar necessidade de demolição, concordaremos”, afirmou.
Ele também destacou que a situação de abandono facilitou a entrada irregular por diversas vias e que a estrutura apresenta rachaduras e vigas expostas.
Moradores relatam medo e angústia
Márcio Heinzen, presidente da Aproa (Associação da Praça Olívio Amorim), reforçou o sentimento de insegurança na vizinhança.
“Desde que foi desocupado, virou abrigo de criminosos. Queremos dignidade para os moradores e comerciantes do Centro”, disse.
O comandante do 1º Comando Regional da Polícia Militar, coronel Dante Chierighini, confirmou que o local virou um dos pontos críticos de desordem da cidade.
“Há dificuldade em lacrar o prédio. Somos chamados constantemente para atender ocorrências na área”, relatou.
Agora, a Prefeitura e o Ministério Público aguardam a conclusão do laudo para definir os próximos passos, entre eles, a possível demolição da antiga rodoviária de Florianópolis.