Alckmin, Senado e Câmara articulam frente única contra medidas protecionistas dos EUA

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Foto: Lucas Martins/Reprodução

Os presidentes do Senado e da Câmara, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) e Hugo Motta (Republicanos-PB), se reuniram nesta quarta-feira (16) com o vice-presidente Geraldo Alckmin para discutir a reação do Brasil ao tarifaço de 50% anunciado pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros.

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Em vídeo divulgado após o encontro, os líderes dos Três Poderes classificaram a medida como uma “agressão” e defenderam uma resposta conjunta e firme à decisão do governo norte-americano.

“O parlamento brasileiro está unido em torno da defesa dos interesses nacionais. Câmara e Senado vão defender a soberania, os empregos e os empresários brasileiros”, afirmou Alcolumbre, presidente do Senado.

O presidente da Câmara, Hugo Motta, reforçou a disposição do Legislativo em apoiar o governo federal. “Aqui temos mais um momento de unidade nacional, em proteção à nossa indústria, aos nossos empregos e às nossas relações diplomáticas”, disse.

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Foto: Marcelo Brasil/Reprodução

À frente das negociações diplomáticas e comerciais, o vice-presidente Geraldo Alckmin, que também ocupa o cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, voltou a criticar a medida adotada por Trump, considerando-a injusta e equivocada.

“Na questão comercial, entendemos que há equívocos por parte dos Estados Unidos. O país tem superávit na balança com o Brasil, e essa taxação é inadequada. Vamos trabalhar juntos para reverter”, pontuou Alckmin.

O governo brasileiro já deu início à reação formal. Na terça-feira (15), foi publicado o decreto que regulamenta a Lei da Reciprocidade Econômica, o que pode permitir retaliações comerciais. No mesmo dia, o vice-presidente também conduziu reuniões com representantes dos setores produtivo e agropecuário, buscando alinhar estratégias para minimizar os impactos da medida norte-americana.

A taxação afeta produtos agrícolas e industriais brasileiros, com potencial de impacto sobre exportações, empregos e investimentos. A expectativa do governo federal é de que a situação possa ser revertida por meio do diálogo diplomático, evitando prejuízos maiores ao setor produtivo brasileiro.




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