
Uma professora de educação física foi afastada do cargo após agredir verbal e fisicamente um aluno autista no CEM Escola do Mar Flávia Scarpelli Leite, em São José, na Grande Florianópolis. O episódio ocorreu na última segunda-feira (8), durante uma atividade em grupo em sala de aula.
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Segundo relatos, Kevin, de 9 anos, teve uma crise ao tentar formar dupla com uma amiga que já estava acompanhada por outra colega. Nesse momento, a professora teria segurado o braço do menino, o sacudido e gritado: “criança chata do c*, sai da minha sala agora.”*
A profissional auxiliar responsável por acompanhar Kevin estava em intervalo no momento da agressão. “Ele ficou sozinho no corredor, em frente à sala, sem saber o que fazer”, contou a mãe do menino, Ketlyn Becker.
De acordo com ela, outras crianças presenciaram a cena e correram até a direção para relatar o ocorrido. Ao chegarem em casa, também contaram aos pais que a professora teria xingado os alunos quando eles saíram da sala.
“As crianças ficaram bem assustadas com o comportamento da professora. O Kevin tem bastante dificuldade em relatar o dia dele, pois é autista”, descreve a mãe do aluno.
Descoberta e denúncia
A mãe de Kevin soube do caso apenas no dia seguinte (9), por meio de um grupo de WhatsApp criado por pais de alunos. A família registrou um boletim de ocorrência e denunciou o caso às autoridades.
A Prefeitura de São José confirmou o afastamento temporário da professora e afirmou ter prestado apoio à família de Kevin e aos demais alunos da turma.
“Foi instaurada sindicância para apurar administrativamente os fatos e, se constatados, as providências cabíveis serão tomadas”, informou a administração municipal, por meio de nota.
Relatos de reincidência
Ketlyn também afirma que a escola tem apresentado versões contraditórias sobre o caso. “Eu fui lá [na escola] e falaram que foi a primeira vez, mas para alguns pais falaram que já aconteceu no começo do ano. Eles estão se contradizendo porque estão mentindo”, declara a mãe de Kevin.
Segundo um colega de Kevin, a professora costuma adotar um comportamento mais agressivo quando a auxiliar pedagógica não está presente. “Ela se torna má com eles”, relatou a criança, segundo a mãe do aluno.