Figueirense fica no 1 x 1 com Maringá, entra no Z-4 e Pintado é demitido

Figueira largou na frente, tomou o empate e está na zona de rebaixamento   Foto: Patrick Floriani/FFC

A noite de segunda-feira (11) no Orlando Scarpelli foi o retrato da pobreza técnica do Figueirense na Série C. Diante de um Maringá que não se intimidou e jogou de igual para igual, o alvinegro só conseguiu um empate por 1 a 1, resultado que o coloca na zona de rebaixamento a três rodadas do fim da fase classificatória e determinou a demissão do técnico Pintado, anunciada após a partida pelo diretor de futebol Daniel Kaminski. A diretoria espera definir o novo comandante para os últimos três compromissos até esta quarta-feira (13).

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Pintado deixa o clube com o time na 17ª colocação, sem depender apenas de seus próprios resultados para evitar o rebaixamento. A diretoria agora corre contra o tempo para encontrar um substituto capaz de reanimar o elenco. Há previsão de anúncio para quarta-feira (13). A atuação insegura, a incapacidade de definir as jogadas e a falta de soluções coletivas escancararam um time sem confiança e sem padrão.

A crise é técnica, mas também emocional. O Figueirense, que já viveu dias de protagonismo no cenário nacional, luta para não cair para a Série D. A missão nas próximas três rodadas será, mais do que ajustar o time, resgatar a confiança perdida, algo que, diante do que se viu contra o Maringá, parece um desafio tão grande quanto somar os pontos necessários para a salvação.

Hyuri faz seu primeiro gol Foto: Patrick Floriani/FFC

O gol de Hyuri, aos 16 minutos do primeiro tempo (foto acima), parecia indicar uma noite mais tranquila para o torcedor, mas o roteiro seguiu o padrão recente: chances desperdiçadas, inclusive um pênalti perdido por Felipe Augusto, e vulnerabilidade defensiva. Nos acréscimos da etapa inicial, Ligger perdeu na corrida para Ronald Carvalho, que bateu cruzado e empatou. O empate no intervalo já mostrava um Figueirense desorganizado e mentalmente abatido.

O segundo tempo manteve o enredo de limitações. Apesar de Pintado tentar alterações para dar mais ofensividade, as oportunidades mais perigosas foram do Maringá. O time paranaense chegou perto da virada, enquanto o Figueira acumulava erros de passe e finalizações sem precisão. A apatia em campo contaminou as arquibancadas, e a torcida organizada, em protesto, atirou bombas no gramado, provocando paralisação de cinco minutos.

Protesto da torcida no apito final Foto: Patrick Floriani/FFC

Nos minutos finais, o goleiro Igo Gabriel evitou uma derrota que poderia ter sido ainda mais desastrosa, realizando uma defesa espetacular já nos acréscimos. Foi o único lampejo positivo em um cenário preocupante: são cinco jogos sem vitória e apenas três triunfos em 16 partidas da Série C. Em casa, o jejum já dura desde 1º de junho.




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