
Do lápis no papel às renderizações em alta definição, a animação percorreu um caminho fascinante que transformou o entretenimento mundial. O que começou com desenhos quadro a quadro feitos à mão, hoje encanta o público com personagens quase reais e mundos inteiros criados digitalmente.
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Do artesanal ao revolucionário

A história da animação começa oficialmente no início do século 20, com curtas em preto e branco como Gertie, the Dinosaur (1914), de Winsor McCay. Mas foi em 1928 que o mundo parou para assistir ao nascimento de um ícone: Mickey Mouse, no curta Steamboat Willie, o primeiro com som sincronizado. A partir daí, Walt Disney transformou a indústria com o uso de cel animation, técnica em que os desenhos eram feitos em folhas transparentes sobrepostas e fotografados quadro a quadro.
O marco definitivo da era clássica veio com Branca de Neve e os Sete Anões (1937), o primeiro longa de animação da história. Um feito técnico e artístico que demorou três anos para ser finalizado.
Os primeiros testes com o computador

Nos anos 80, o avanço dos computadores começou a influenciar a produção de animações. Estúdios como a ILM e a Pixar, que ainda nem fazia longas, testavam efeitos visuais em filmes live-action. A primeira animação completamente feita em CGI (Computer Generated Imagery) foi o curta The Adventures of André and Wally B. (1984), da Pixar. Ainda rudimentar, mas promissor.
A grande virada aconteceu em 1995 com Toy Story, o primeiro longa-metragem totalmente em 3D da história. Criado pela Pixar e distribuído pela Disney, o filme mudou tudo: estética, linguagem e modelo de produção. E mostrou que tecnologia e narrativa podiam andar juntas.
Mais do que aparência: evolução de roteiro e emoção

Com o tempo, o 3D deixou de ser apenas uma inovação gráfica. Estúdios como Pixar, DreamWorks e Disney investiram em roteiros mais profundos, personagens complexos e temáticas universais. O público cresceu junto com os filmes: Up – Altas Aventuras, Divertida Mente, Shrek e Viva, A Vida é uma Festa são exemplos de animações que emocionam tanto crianças quanto adultos.
E o mundo 2D? Continua vivo

Mesmo com o domínio do 3D, o 2D tradicional nunca morreu. Pelo contrário: ganhou uma nova roupagem com técnicas digitais e híbridas. Exemplos como Klaus (Netflix, 2019), que simula profundidade com animação 2D, e o premiado Homem-Aranha: Através do Aranhaverso (2023), que mistura vários estilos gráficos, provam que a diversidade visual é uma tendência crescente.
Além disso, estúdios japoneses como o Studio Ghibli continuam encantando o mundo com produções artesanais que celebram a beleza do traço feito à mão.
O futuro: IA, realismo e nostalgia
Nos próximos anos, a inteligência artificial e a realidade aumentada devem abrir novos caminhos para a animação. Mas a essência permanece: contar boas histórias com emoção e criatividade. Seja em 2D, 3D ou em formatos que ainda nem conhecemos, a animação segue evoluindo, sem esquecer suas raízes desenhadas a lápis.