A manhã desta quinta-feira (3) marcou mais um passo de São José no enfrentamento ao furto e à comercialização ilegal de fios elétricos.
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A Operação Alta Tensão reuniu equipes da Guarda Municipal, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Fiscalização de Posturas, SUSP (Secretaria de Urbanismo e Serviços Públicos) e da Celesc, em uma força-tarefa para vistoriar empresas de reciclagem no bairro Forquilinha, em São José.
A ação faz parte de um esforço conjunto que também ocorre em outros municípios da Grande Florianópolis, visando cortar a cadeia que liga furtos de cabos à receptação ilegal em ferros-velhos. Na cidade, dois estabelecimentos foram inspecionados: em um deles, a equipe constatou a ausência de documentação obrigatória e deu prazo de 15 dias para regularização; o outro estava com a documentação em trâmite e também recebeu o mesmo prazo.
Para o supervisor de Fiscalização de Posturas, Adriano Félix da Cunha, o objetivo é claro: dar respaldo legal para interromper o comércio de materiais furtados e garantir que todos os estabelecimentos cumpram as normas municipais. “Visitamos pontos críticos do nosso programa de fiscalização. As notificações foram necessárias para assegurar que os ferros-velhos operem de forma regular e não alimentem crimes que prejudicam a comunidade”, explicou.
A Operação Alta Tensão também mobilizou o efetivo da Guarda Municipal de São José, que, segundo o comandante Diego Molina, atua não apenas na fiscalização de documentos, mas na checagem de denúncias e averiguação de possíveis materiais de origem criminosa dentro dos estabelecimentos. Para ele, o trabalho conjunto é essencial para coibir furtos e receptações. “Estamos em campo para inibir essas práticas e garantir que os locais fiscalizados não sejam pontos de destino para cabos furtados”, ressaltou.
Já o sargento Demétrio, da Polícia Militar, destacou que o foco da operação são os locais considerados mais críticos, onde há maior probabilidade de receptação de fios furtados. Segundo ele, cada órgão participante atua dentro de sua competência, fiscalizando desde alvarás de funcionamento até irregularidades na estrutura e documentação. “É um problema recorrente que precisa de enfrentamento contínuo”, comentou.
Para o secretário adjunto da SUSP, Michael Rosanelli, operações como esta fortalecem a mensagem de que São José não tolera atividades ilegais que coloquem em risco o patrimônio público e privado.
“A fiscalização municipal existe para colocar limites em práticas que comprometem o direito de todos, garantindo uma cidade mais organizada e segura”, afirmou. Rosanelli também reforçou que a união entre Guarda Municipal, Polícia Militar, Bombeiros e demais órgãos foi fundamental para o sucesso da ação e que novas etapas estão previstas para fechar o cerco a locais que insistirem em operar fora da lei.
A Prefeitura de São José destaca que o trabalho ostensivo continuará, com foco em fiscalizações constantes, fechamento de pontos clandestinos e punição de quem se beneficia do furto de fios. A meta é garantir que o setor de reciclagem — tão importante para a economia e o meio ambiente — funcione dentro da legalidade, sem alimentar crimes que afetam diretamente toda a população.
