
O Figueirense perdeu uma grande chance de se reaproximar do pelotão de frente na Série C ao apenas empatar por 1 a 1 com o Confiança, na tarde gelada deste domingo (29) no Estádio Orlando Scarpelli. O resultado foi amargo, especialmente para os mais de cinco mil torcedores que enfrentaram o frio e saíram irritados. As críticas recaíram principalmente sobre o técnico Pintado, cuja escalação se mostrou equivocada, com um meio de campo frágil e insistência em jogadores que não vêm correspondendo. O time foi montado com três atacantes, mas sem equilíbrio e sem controle de jogo.
Clique aqui e receba as notícias do Tudo Aqui SC e da Jovem Pan News no seu WhatsApp
Apesar de ter aberto o placar logo aos dois minutos, com Rafinha Potiguar acertando uma bela cabeçada no canto esquerdo do goleiro Felipe, o Figueira não conseguiu manter o ritmo. O início promissor durou pouco. A partir dos 15 minutos, o Confiança tomou o controle da partida, impondo sua característica de posse de bola. Pintado já conhecia esse ponto forte do adversário, mas não preparou a equipe para impedir a ocupação do meio de campo e muito menos para fechar os corredores. A equipe alvinegra foi, aos poucos, sendo engolida taticamente.

Na volta para o segundo tempo, o técnico fez três alterações de imediato, colocando Wellington Nem, Ramon Vinícius e João Lucas. No entanto, o desenho tático permaneceu o mesmo, com um meio campo vazio e desorganizado. Faltaram armadores, faltou cadência. O Confiança se aproveitou disso e cresceu ainda mais na partida, criando boas oportunidades. Na chance mais clara, Nicholas chutou por cima mesmo livre dentro da área. Mas o castigo veio aos 43 minutos, com Thiago Santos aproveitando uma sobra após escanteio para decretar o empate.
O empate teve sabor de derrota. O Figueirense, que vinha de um período de quase 15 dias de treinamentos, apresentou um futebol desorganizado e pouco criativo, decepcionando quem esperava uma reação no campeonato. O próximo compromisso será diante do Brusque, fora de casa, no domingo que vem, no Estádio Augusto Bauer. A equipe contará com o retorno do volante Jhony Douglas, suspenso na rodada. Mas isso por si só não resolve. Será preciso rever ideias e corrigir posturas para reagir em tempo.
Com apenas 10 pontos somados e nove jogos pela frente, o Figueirense precisará de ao menos mais 10 para escapar do risco real de rebaixamento à Série D, um cenário que há poucas rodadas parecia distante, mas hoje é uma ameaça concreta. A torcida, paciente até aqui, começa a perder a fé, não apenas pelo resultado, mas pela falta de desempenho e evolução. A reta final da primeira fase será um teste de maturidade, coragem e, sobretudo, competência.