Professor é agredido em escola de Florianópolis; pais alegam que crianças tenham sido assediadas

Professor é agredido em escola de Florianópolis e suspeito segue foragido
Foto: Felipe Sayão/NDTV

O pai de um aluno agrediu um professor, em frente a uma escola estadual em Florianópolis na quarta-feira (25). O professor agredido acredita que tenha sido vítima de homofobia.

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O homem, que preferiu não se identificar, teve ferimentos na orelha, no rosto e em outras partes do corpo. O autor da violência foi identificado, mas ainda não foi localizado pela Polícia Militar de Santa Catarina.

O professor agredido contou que foi abordado quando estava no intervalo entre períodos, do lado de fora da escola Muquém no Rio Vermelho, no Norte da Ilha. O agressor questionou qual era o nome dele e a disciplina. Ao confirmar, o professor foi agredido.

“Ele perguntou meu nome, a minha disciplina e eu confirmei. Ele disse que o sobrinho chegou em casa chorando, dizendo que eu teria cometido assédio contra o menino. Eu disse que era um absurdo, pedi que entrássemos na escola e ele me deu o primeiro soco. Eu me virei para fugir e ele me acertou o segundo soco, na orelha e eu caí no chão”, afirmou a vítima.

Vítima de homofobia

O docente, que é assumidamente homossexual, afirmou que a violência pode ter sido provocada pela orientação sexual, que é de conhecimento público e alvo de intolerância.

“Não escondo a minha orientação sexual quando sou questionado por qualquer pessoa no meu ambiente de trabalho. Eu imagino que isso cause o que aconteceu comigo, essa intolerância que a gente vive diariamente”, contou a vítima.

Autor de violência tem antecedentes por ameaça, perseguição e difamação

O suspeito de agredir o professor foi identificado como Manoel Abílio Pacífico, de 38 anos. Ele tem antecedentes criminais por ameaça, dano, perseguição e difamação. Manoel tem filhos e familiares na escola, o que lhe dá livre acesso ao espaço.

“A guarnição apurou que o autor mora nas redondezas do bairro Rio Vermelho e foi diversas vezes na casa dele, mas infelizmente ainda não o encontramos. Expedimos o pedido de corpo de delito e buscas pelo autor”, afirmou o capitão Edson César Napoleão Júnior, comandante da 2º Companhia do 21 BPM.

O suspeito também teria provocado manifestações em frente à escola e teria vandalizado patrimônio de professores, atirando ovos e objetos nos veículos dos docentes.

Manoel também é suspeito de promover uma perseguição contra uma professora “promover e incentivar” banheiro unissex, além de outras questões relacionadas a gênero na escola. Em um aplicativo de mensagens, Manoel ofereceu dinheiro para quem gravasse a docente compartilhando tais ideais.

Contrapontos

Os pais procuraram nossa equipe de reportagem e alegam que o professor abusou sexualmente das crianças.

A Coordenadoria Regional de Educação de Florianópolis informou, por meio de nota, que “tomou conhecimento da situação, que aconteceu fora do ambiente escolar, entre um pai e um professor da E.E.B. de Muquém”.

“A equipe da CRE foi até a unidade escolar, irá acompanhar o caso e tomará as medidas cabíveis a partir da apuração dos fatos”, completa a manifestação.




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