
O governador Jorginho Mello autorizou a SES (Secretaria de Estado da Saúde) a contratar médicos pediatras para atuação no HU-UFSC (Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago), em Florianópolis. A medida busca viabilizar a reabertura da emergência pediátrica da unidade, desativada em 2023, e ampliar a rede de atendimento infantil na Capital.
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Apesar de o HU ser uma instituição federal, o governo estadual optou por intervir diante da sobrecarga enfrentada pelo Hospital Infantil Joana de Gusmão, que tem absorvido grande parte da demanda. Somente no mês de maio, foram realizados 8.184 atendimentos na unidade, a maioria relacionada a doenças respiratórias agudas.
Para formalizar a cooperação, a SES encaminhou um ofício à Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), que administra o HU e é vinculada à UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina). A contratação dos profissionais depende agora da anuência do Governo Federal. O modelo de parceria já é adotado na área de Ginecologia, com quatro médicos estaduais cedidos ao hospital.
O secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi, tem acompanhado de perto as negociações, participando de reuniões em Brasília e Florianópolis com representantes da Ebserh, do HU e da UFSC. A meta é acelerar os trâmites e garantir o reforço à assistência pediátrica o quanto antes.
“Estamos em diálogo constante para viabilizar a reabertura da emergência pediátrica. Essa é uma ação essencial diante do aumento na demanda por atendimentos infantis. Cumprimos à determinação do governador Jorginho Mello, que tem priorizado a ampliação da assistência em Santa Catarina. Nosso foco é garantir acesso digno, seguro e ágil às crianças e, para isso, estamos sempre comprometidos com soluções conjuntas e efetivas”, afirmou o gestor.
Alta demanda pressiona rede pediátrica em Florianópolis
O cenário atual reforça a urgência da ampliação da rede. Entre janeiro e maio deste ano, o Hospital Infantil Joana de Gusmão registrou um crescimento expressivo nos atendimentos: foram 5.357 em janeiro; 5.493 em fevereiro; 7.323 em março; 8.502 em abril; e 8.184 em maio — uma média de cerca de 300 atendimentos diários. Mesmo com sete médicos atuando simultaneamente nos atendimentos de emergência, o tempo de espera tem aumentado, evidenciando a necessidade de redistribuição da demanda.