
A Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis apresentou, em audiência pública na Câmara de Vereadores, um diagnóstico detalhado sobre a situação da saúde no município. O levantamento, elaborado em parceria com o Conselho Municipal de Saúde, servirá de base para o Plano Municipal de Saúde 2026-2029.
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O estudo destaca avanços, como a ampla cobertura da Estratégia Saúde da Família, que supera 100% e posiciona a capital catarinense como referência nacional em atenção primária. Dados de 2024 mostram que 88% da população utilizou os serviços de atenção primária e 33% recorreram às UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), evidenciando a capilaridade da rede.
Também foram apontados desafios, como o atendimento a grupos vulneráveis, entre eles, cerca de 16 mil famílias em extrema pobreza, e a baixa cobertura da rede de esgoto, que atende apenas 57% dos domicílios. O diagnóstico alerta ainda para o crescimento dos casos de sobrepeso e obesidade, exigindo ações de prevenção e promoção da saúde.
Outro gargalo identificado é a longa espera por exames e consultas especializadas, como mamografia, colonoscopia e psicologia, além do déficit de profissionais, que sobrecarrega a rede. Como resposta, o município convocou 170 novos servidores e prevê a construção de quatro novos centros de saúde no Norte da Ilha, além da reforma de outras unidades.
O secretário municipal de Saúde, Almir Adir Gentil, destacou que o diagnóstico foi resultado de um trabalho rigoroso, baseado em análise de dados, pesquisas e visitas técnicas a centros de saúde, UPAs, CAPS e hospitais da capital. Segundo ele, a próxima etapa será transformar esse levantamento em um plano de ação concreto para os próximos quatro anos, com foco na superação dos principais desafios da rede, na redução das filas, na melhoria da infraestrutura e na oferta de um atendimento de qualidade à população de Florianópolis.