Após morte de bebê em parto natural, deputados catarinenses defendem opção pela cesárea

Após morte de bebê em parto natural, deputados catarinenses defendem opção pela cesárea
Foto: Cynthia Groth/Pixabay

Após a morte de um bebê em um parto natural na maternidade Ruth Cardoso, em Balneário Camboriú, representantes do PRD e do Podemos defenderam que a gestante possa optar pela cesariana. A defesa da cesárea se deu na sessão de quarta-feira (30), da Alesc.

“Há uma cultura de que a mulher precisa ser subjugada até o limite das forças, quando ela poderia ter a vida da criança poupada se fosse submetida a uma cesariana. Quando fica 24 horas forçada a ter um parto normal do primeiro filho, é uma tirania, a mãe tem o direito de opção, não estamos advogando contra o parto normal, mas a partir da 39ª semana a mãe deve ter o direito de dizer que não se sente segura com o parto normal”, sustentou Paulinha (Podemos).

A deputada pediu apoio dos colegas para aprovar projeto de lei que assegure à gestante o direito à escolha após a 39ª semana de gravidez.

“Esta lei precisa ser aprovada no Parlamento para devolver à mãe a escolha diante do parto. Temos perdido bebês diante de uma lei que obriga a ter quotas de partos normais para alcançar metas”, criticou Paulinha.

Junior Cardoso (PRD), que falou antes da deputada Paulinha, lamentou a morte do bebê, elogiou a reação pronta e objetiva da prefeita, Juliana Pavan, que afastou o médico responsável pelo parto e a gestora terceirizada do hospital.

O representante de Camboriú sugeriu à SES (Secretaria de Estado da Saúde) que faça uma fiscalização preventiva nas maternidades, em especial àquelas administradas por terceiros.

“Não podemos atuar só de forma reativa, precisamos de um novo paradigma de fiscalização ativa e contínua, sobretudo nos contratos terceirizados da saúde. O gestor não pode assinar um contrato e achar que está tudo certo, temos de criar mecanismos de controle, com assiduidade e no rigor da lei”, sustentou Junior Cardoso.




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